"Antes da era da adulteração, considerava-se que por trás de cada trabalho havia algum conceito de sua execução perfeita. Era isso que tornava o trabalho agradável e servia para medir a qualidade de seus resultados. Ademais, a adequação entre a ideia e a execução da obra evidenciava uma teleologia, já que o artífice trabalhava não apenas para obter sustento, mas também para ver seu ideal corporificado em sua criação. O orgulho da perícia profissional é bem explicado quando dizemos que trabalhar é rezar, pois o esforço cuidadoso para concretizar um ideal é um tipo de fidelidade. O artífice de antigamente não se apressava, porque a perfeição não leva em consideração o tempo, e o trabalho mal feito mancha a personalidade. Mas ela mesma [a perfeição] é uma manifestação do autocontrole, que não se adquire tomando o caminho mais fácil. Quando o caráter reprime a autoindulgência, a transcendência o rodeia."
-- Richard M. Weaver