Pátina

Eu tenho feito algumas experiências com o uso de aços inoxidáveis. Realmente, as facas elaboradas com a moderna tecnologia de materiais tem o seu apelo, e são ferramentas “top” em termos de qualidade, retenção de fio, resistência à corrosão, entre outros atributos desejáveis numa ferramenta.

Mas eu gosto muito de trabalhar com o aço carbono. Principalmente por conta da aparência antiga que vai se agregando ao aço com o passar dos anos. Sou adepto incondicional deste visual “usado”. Coisas polidas e brilhantes não me agradam tanto quanto aquelas que mudam gradualmente de cor com o uso, adquirindo características únicas. O aço carbono tem esta condição especial de se tornar algo único com o passar dos anos, de certa forma conectando o objeto ao homem e sua história.

Não só o aço carbono, mas a madeira e o couro também ficam com este aspecto conforme vão sendo usados. Este conjunto de leves desgastes, manchas, texturas, brilhos e polimentos causados pela real utilização, é algo que só se pode ter com uma peça de aço carbono.

Esta pátina só vem com a idade, assim na arte como em nossas próprias vidas. Ela faz o “link” estético entre o objeto e o ambiente que o cerca.

 

 

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